25. SENSIBILIDADE

A sensibilidade é um estado de espírito de percepção de realidades sutis e naturalidade, a busca da verdade crua com delicadeza, o contato com a beleza e do amor. Busca a criação de climas e situações que naturalmente toquem a emoção, revelando novas realidades. Tocar a sabedoria sensível, perceber as várias motivações interiores que atuam simultaneamente numa situação da realidade, as relações complexas participando do drama por trás dos fatos estabelecidos como verdade. O poder de transformação da natureza do ser. A contemplação da beleza, em cada gesto do corpo, a leveza e o vigor da dança.

Penetra numa realidade atemporal, fonte eterna de possibilidades. Desce à profundidade dos sentimentos. Aceita as situações da realidade, o desejo de despertar as pessoas por encanto para uma dimensão mais elevada, a liberdade de viver um sentimento verdadeiro já fecundado de desejo e significado pessoal adormecido no inconsciente, revelando uma situação envolvente ainda não cristalizada na consciência sob a forma de conceito, mas num clima de luz, pureza e frescor, além dos limites da vulgaridade. A matéria é efêmera - a beleza, a sensualidade a riqueza - além das palavras existe outra forma de comunicação, no silêncio o mistério no contraste entre a luz e a sombra, no ambiente a intensa emoção no caráter das formas e cores, as emoções sutis com a presença de um personagem, no que permanece oculto na expressão de uma face, na escolha do “foco”, o que está contido no tempo e no lugar, na música que nos transporta, me lanço no vazio a procura de outras faces de mim mesmo, a fantasia se funde a realidade e retorna ao sonho ao mesmo tempo que se desprende do raciocínio, atuando subjetivamente no conteúdo da emoção, o mistério só é desvendado através da experiência: a sabedoria, o encontro. As doces paixões têm uma presença sutil e delicada, contém em si seus próprios fragmentos. O cinema como possibilidade de dividir os conflitos emocionais que sinto com a humanidade contemporânea, o envolvimento com o nível dramático de existir, ter o mundo como opção, a permissividade para cair prisioneiro no que me arrasta e me faz sonhar, o encontro concreto no universo do corpo, a confiança e afinidade emocional, vejo em tuas formas uma fonte eterna de inspiração, quero penetrar e me fundir com você na eternidade do presente, na coexistência sagrada de outros relacionamentos.